
A organização da musculação é tendência!
Salas de musculação são verdadeiros templos do treinamento da força muscular. Ao mesmo tempo são espaços percebidos por muitos como um ambiente hostil, com arrumações semelhantes, independentemente do modelo de negócio.
Pode não parecer, mas se o serviço de musculação é percebido como comoditizado, se dá pela semelhança de layout e operação entre as academias, tornando a decisão de compra e renovação de contratos baseados na proximidade de casa, trabalho ou outra conveniência, mas não por ser a melhor opção.
Erro 1: Mistura desorganizada de equipamentos
Essa mistura pode ser entre grupos musculares ou até mesmo por tipos de equipamentos (placas, articulados, livres, “funcionais”, etc.).
O modelo de negócio também dita regras sobre arrumação, com objetivo de explorar as melhores rotinas de treino de forma segura e com melhor aproveitamento do tempo do cliente.
Grandes academias precisam de espaços organizados por setores ou por tipos de equipamentos. Por serem grandes, há maior risco de acidentes pela quantidade pessoas transitando, assim como inúmeros objetivos (pessoais) diferentes, personalidades e formas de comportamento.
Uma boa arrumação envolve:
- Público-alvo;
- Objetivos em comum;
- Posicionamento de mercado;
- PUV: Proposta Única de Valor
Ao analisarmos a lista, precisamos organizar o espaço de forma que todos possam ser atendidos com segurança. Nesse caso, a segurança tem prioridade em relação ao treino “eficaz”.
Erro 2: Máquinas na parede apenas para liberar espaço
Engana-se aquele que acredita que liberar o espaço do meio é a melhor forma de aproveitar a metragem da sala. Claro que equipamentos que não precisam de tanto espaço para curso de movimento, assim como utilização de espelhos, podem ficar próximos da parede, desde que de forma planejada.
Nesse caso, quando a academia tem processos bem definidos para prescrição de exercícios de força, estes têm prioridade em relação ao modelo de consumo do cliente que apenas paga para utilizar os equipamentos, sem orientação dos profissionais.
Foque no cliente que treina com orientação dos profissionais, não nos que apenas utilizam a sala por não terem uma academia em casa.
Um equipamento só “sai do caminho” se for planejado. Qualquer remoção ou reorganização de espaço pode colocar em risco a experiência do cliente, caso não faça parte de um planejamento.
Erro 3: Falta de local adequado para pesos
Pesos livres devem ficar na parte de pesos livres.
Não são equipamentos a serem transportados pela sala, de acordo com a vontade do cliente que deseja fazer um superset, por exemplo.
Além da academia planejar um local para acomodação e oferta de pesos livres, assim como de equipamentos de anilhas, estes deverão ser acompanhados de regras específicas de utilização. Nesse caso, não lidamos apenas com o planejamento do espaço, mas com a forma que cada equipamento pode e deve ser utilizado com segurança.
Inúmeros métodos de treinamento envolvem a combinação de exercícios em máquinas e pesos livres, desde que a combinação não torne o ambiente mais arriscado para os demais praticantes, principalmente os que não têm tanta noção de espaço ou experiência em salas de musculação.
O que torna o ambiente mais arriscado para acidentes:
- Público-alvo inexperiente;
- Tamanho da sala e de espaços de trânsito;
- Utilização sem orientação profissional (por conta própria);
- Falta de intervenção dos profissionais para manutenção da segurança.
Por mais que a academia deva otimizar o treinamento (tornando-o mais eficiente e eficaz), a segurança jamais deverá ficar em segundo plano, nem que ela “prejudique” um pouco a prescrição.
Erro 4: Ignorar comportamento do público em horários de pico
2 públicos que devemos monitorar em sala nos horários de pico:
- Público que segue orientações dos profissionais da academia;
- Público que não segue orientação e apenas paga para usar equipamentos.
Nem sempre aquele que apenas paga para usar os equipamentos é o que traz mais problemas relacionados a segurança em sala.
Muitas vezes, o aluno dedicado que segue a programação planejada pelo professor é o mais indisciplinado em sala, principalmente nos horários de pico, quando encontram amigos ou parceiros de treino, sitiando espaços e equipamentos.
Nestes casos, a operação precisa focar em processos que educam o indisciplinado, assim como o convencimento dos que apenas pagam para usar equipamentos a treinarem com orientação da casa.
Em todos os casos, a solução vem da união da gestão estratégica e da operacional.
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